quinta-feira, 31 de agosto de 2017

África

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Introdução



A África Ocidental tinha uma história e cultura muito rica e variada antes da chegada dos europeus. Sua estrutura política era muito ampla e variada, que incluía desde reinos até cidades-estados, entre outras organizações, cada qual com suas próprias características culturais e linguísticas. Na África havia desde grandes impérios como Songhai, com estrutura política complexa e centenas de milhares de camponeses, até sistemas políticos fracos que delegavam as decisões aos acordos entre as pessoas da aldeia. Como no século XVI a Europa estava devastada pela guerra e preocupada consigo, os grupos que mantinham o poder na África estavam em constante mudança. A Arte, a Educação e a Tecnologia floresceram na África, e os africanos eram habilidosos especialmente em medicina, matemática e astronomia. Tanto quanto mercadorias simples, eles também tinham mercadorias de luxo como bronze, marfim, ouro e terracota para uso tanto local quanto comercial. Os africanos da África Ocidental já comercializavam com os europeus á anos através de mercadores da África do Norte. Já os primeiros europeus com contato direto com eles foram os Portugueses no século XV. Os holandeses, ingleses, franceses e escandinavos vieram depois. Eles estavam principalmente interessados em produtos de alto custo como o ouro, marfim e especiarias, particularmente a pimenta. Desde os primeiros contatos, os comerciantes europeus sequestravam e vendiam os africanos na Europa. Entretanto, só a partir do século XVII, quando os donos das plantações começaram a necessitar de mais e mais escravos para satisfazer a crescente demanda por açúcar na Europa é que o comércio de escravos tornou-se o principal tipo de comércio.

Reino de Gana


Na região entre os rios Senegal e Níger, os soninquês (povos de origem mandê), fundaram pequenas cidades, que desde o século 4 foram se unificando, muito provavelmente para resistir às guerras com povos nômades. Pouco se conhece sobre tal processo, mas, no século 8, a região já era conhecida como Império de Gana. Os soninquês chamavam sua região de Wagadu, mas os berberes (povos do Magreb), que chegaram ali no século 8, a chamavam de Ghana, pois era esse o título do rei da região (ghana: "rei guerreiro").
Por muito tempo, o deserto do Saara dificultou o acesso dos povos do norte da África ao interior desse continente. Uma viagem do Magreb (região africana banhada pelo mar Mediterrâneo, exceto o Egito) até a bacia do rio Níger poderia durar até 4 meses em pleno deserto. Dessa forma, enquanto o norte da África estava inserido no comércio entre diversos povos desde a Antiguidade (gregos, romanos, fenícios, cartagineses, líbios, persas, egípcios, árabes), o reino de Gana, na África Subsaariana (ou África Negra), pôde se desenvolver isoladamente.
Somente quando os árabes conquistaram o Magreb e introduziram o camelo como animal de transporte foi possível a viagem através do deserto. A partir de então, os reinos e as grandes riquezas da África Negra passaram a fazer parte do comércio internacional do Mediterrâneo.
Gana já era um reino rico antes da chegada dos comerciantes do norte, e são os documentos deixados por esses comerciantes (árabes e berberes) que nos informam o que foi Gana, e relatam um império extraordinário, também chamado de Terra do Ouro. Segundo Al-Bakri, comerciante árabe de Córdoba (século 11), o rei de Gana usava túnicas bordadas a ouro, colares e pulseiras de ouro - e os arreios dos cavalos e as coleiras dos cachorros do rei eram de ouro.
O império de Gana tinha como capital Kumbi-Saleh. Dessa cidade, o rei e seus nobres controlavam povos vizinhos, obrigando-os a pagar impostos em troca de proteção. Além disso, Gana controlava o comércio tanto das mercadorias que eram trazidas do norte (como sal e tecidos), quanto das que saíam do interior da África (como ouro e escravos). Na capital, o comércio era intenso: os seus 20 mil habitantes recebiam diariamente as caravanas que vinham de diversas regiões. Entre os séculos 9 e 10, Gana viveu seu apogeu, sendo um dos mais ricos reinos do mundo, segundo Ibn Haukal, viajante árabe da época.
Com o processo de islamização dos povos africanos (os primeiros convertidos foram os berberes), o Império de Gana (que se recusava a se converter ao Islã) foi perdendo força, até que em 1076 os almorávidas (dinastia berbere) conquistaram e saquearam Kumbi-Saleh, transformando a cidade em um reino tributário. A partir daí, todo império se fragmentou, o que possibilitou as incursões de vários povos vizinhos, um deles os sóssos, que passaram a controlar várias regiões do antigo império.
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Reino de Mali


O Reino de Mali era, a princípio, uma região do Império de Gana habitada pelos mandingas. Era composto por 12 reinos menores ligados entre si, e tinha como capital Kangaba. Após anos de guerras entre os soninquês de Gana e os almorávidas (século 11), e depois das guerras com os sóssos (século 12), Mali conseguiu sua independência e adotou o islamismo. E, apesar de passar por um período de crise política e econômica, conseguiu se restabelecer e, em 1235, os mandingas de Mali conquistaram o território do antigo Império de Gana, sob a liderança de Maghan Sundiata, que recebeu o título de Mansa, que na língua mandinga significa imperador. O nome que os mandingas davam ao seu império era Manden Kurufa; o nome Mali era usado por seus vizinhos, os fulas, para se referir ao grande império. Ao contrário do Império de Gana, que somente se preocupava em manter os povos dominados, a fim de controlar o comércio regional, o Império de Mali se impôs de forma centralista, estabelecendo fronteiras bem definidas e formulando leis por meio de uma assembleia chamada Gbara, composta por diversos povos do império. A aplicação da justiça era implacável, tanto que vários viajantes se referiam aos povos negros como "os que mais odeiam as injustiças e seu imperador não perdoa ninguém que seja acusado de injusto". Acredita-se que o Império de Mali tivesse a extensão da Europa Ocidental. O Império de Mali se tornou herdeiro do Império de Gana, pois passou a controlar todo o comércio local o ouro extraído por Mali sustentava grande parte do comércio no Mediterrâneo. Conta-se que, entre 1324 e 1325, Mansa Mussa, em peregrinação a Meca, parou para uma visita ao Cairo e teria presenteado tantas pessoas com ouro, que o valor desse metal se desvalorizou por mais de 10 anos.
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Reino de Congo

Durante seu processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses abriram contato com as várias culturas que já se mostravam consolidadas pelo litoral e outras partes do interior do continente africano. Em 1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido como Congo.
Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.
Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africana.
A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.
O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo.
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Reino de Benin

O Reino de Benin foi um dos mais poderosos da costa oeste da África, tendo inclusive feito parte do tráfico de escravos negros entre os séculos XVI e XIX.
O Reino de Benin começou a ser formado entre os séculos XII e XIII. A história de sua formação é articulada por um misto de investigações arqueológicas e narrativas mitopoéticas, haja vista que os mitos fundadores da tradição oral de Benin estão associados aos mitos fundadores da cidade de Ifé. Conta-se que Ifé foi fundada por Odudua, um orixá da criação, a mando do deus supremo, Olorum. Benin, por sua vez, teria sido fundado por Oraniã, orixá das profundezas da Terra, filho de Odudua.
A lenda sobre Oraniã ainda faz referência a um suposto filho que ele teve, Eweka, que teria sido o primeiro rei, ou obá, de Benin. O fato é que o Reino de Benin contou, ao longo de sua trajetória, com poderosos obás. No século XV, um desses obás, Ewuare, promoveu intensas reformas no reino, transformando Benin em uma grandiosa potência subsaariana. Data dessa época o relato do contato de navegantes europeus, sobretudo ibéricos e holandeses, com o Reino de Benin.
Um desses navegantes foi o português João Afonso Aveiro, que partiu de Portugal em 1485 e deparou-se com a efervescência de Benin no ano seguinte. João Afonso, à época, regressou a Portugal acompanhado de um representante do obá de Benin. Esse representante, notavelmente culto, foi um dos promotores da articulação econômica, que se tornou intensa nos séculos seguintes, entre o reino de Benin e a monarquia portuguesa. Os principais produtos comercializados por Benin eram pimenta, marfim, tecidos, peças artísticas feitas em bronze e cobre e, principalmente, escravos.
Portugal foi um dos maiores compradores dos escravos vendidos em Benin, que, por sua vez, importava escravos de outras regiões da África, sobretudo do Norte, que era controlado por muçulmanos, para revendê-los aos europeus. Desse modo, o tráfico negreiro foi uma das atividades mais lucrativas para Benin. A estrutura desse reino só foi desmontada definitivamente no século XIX, quando o processo neocolonialista europeu e a Partilha da África tiveram início.
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Reino de Zambábue


Os Khoisan foram os colonos originais e dominaram a região até a chegada dos bantus, no século IX, que ao longo dos séculos XIII e XIV, criaram o Império Monomotapa, cujo centro está situado nas ruínas de Grande Zimbábue. Quando em 1607 o monarca do Estado concede aos portugueses a exploração do subsolo da área, ela já se encontrava em declínio, que, em um outro tempo, graças às suas minas ouro e ao comércio de escravos chegou a manter um comércio constante com a costa do Oceano Índico.
No final do século XIX, os ingleses, dirigidos por Cecil Rhodes começam a colonizar a região com o objetivo de mineração.
A descoberta de ouro em 1867 despertou a cobiça dos Ingleses, que acabaram por ocupar o território, apesar das reivindicações de Portugal, a quem a Grã-Bretanha dirige um ultimato em 1890. A colónia ficou designada, em 1895, Rodésia em homenagem a Cecil Rhodes, que promoveu a sua constituição. A parte sul desenvolveu-se mais do que a norte. As duas Rodésias associaram-se, em 1953, com a Niassalândia para constituírem a Federação da África Central, na qual a Rodésia do Sul era a parte mais importante. Desfeita a Federação em 1963, a Niassalândia tornou-se independente com o nome de Malawi e a Rodésia do Norte com a designação de Zâmbia, mas o Reino Unido negou-se a conceder a autonomia à Rodésia do Sul por ser governada pela minoria branca: esta decretou unilateralmente a independência em 1965 e adoptou o regime republicano em 1980. O bloqueio económico decretado pela ONU e a guerrilha, que ganhou extraordinário impulso após a independência de Moçambique em 1975, fizeram com que o país ascendesse à independência em 1980, tomando então o nome de Zimbabwe. Em 1980, Robert Mugabe, o líder nacionalista negro, é eleito, submetendo o país a um regime socialista. Em 1987 é estabelecido um regime presidencial, sendo Mugabe eleito chefe de Estado.
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Consequências da exclusão e discriminação pela economia açucareira


A discriminação e exclusão dos africanos foram fatores que fizeram aumentar o preconceito contra negros, deixando-os à margem da sociedade. Muitos, sem oportunidade de emprego, concentraram-se em comunidades (o viria a ser as favelas), aumentando assim, a pobreza. Até hoje é notável essas consequências, por exemplo, a maioria da população pobre são negros, a maioria dos presidiários são negros, poucos negros têm acesso à escola e universidades e conseguem empregos. Tudo isso, porque no passado, não tiveram oportunidades de trabalhar recebendo salário digno e não puderam estudar para se qualificar.
(João Marcos)

No passado os negros não recebiam salários e não tinham acesso à educação. Isso teve como consequência a exclusão deles no mercado de trabalho, aumentando o índice de negros desempregados. Mesmo nos dias atuais a população negra vem sofrendo nas favelas, pois muitas crianças e adolescentes desistem muito cedo do estudo e preferem trabalhar. Isso porque, muitos não têm o que comer e acabam preferindo trabalhar para conseguir seu próprio dinheiro, mesmo que seja pouco, e assim comprar alimentos para sua casa. Até que isso seja resolvido, demorará anos e o governo tem obrigação de oferecer mais oportunidades aos negros.
(Wesley Klysman)

A economia açucareira estava muito exposta no Brasil, especialmente do litoral nordestino, existência um tráfico grande de africano capaz de fornecer a mão-de-obra escrava. Eles eram fáceis de escravizar, pois a inteligências deles eram inferiores das pessoas que queriam como escravos, tornando assim uma preza mais fácil de manipular, fazendo uma troca quase inútil por pessoas de sua raça, cor e tribo. Essa “gente” era escravizada de uma forma dolorosa por serem negros e escravos fazendo que fossem pessoas excluída da sociedade, eles eram apenas isso porque sua cor não permitia que fossem algo além disso, julgados como uma raça inferior, já que foram escravizados.
(Larissa Moraes)

Certas regiões da Africa eram divididas em tribos,os portugueses se aproveitavam e convenciam os lideres dessas tribos a negociar a própria população,e como recompensa recebiam: armas, tecidos, especiarias e entres outros. Como resultado nessas negociações eram tragos centenas de Africanos (incluindo mulheres,crianças e idosos) para que estes trabalhassem em condições desumanas. Os colonizadores consideravam os negros inferiores á eles, e os julgavam como selvagens, e mesmo após a implantação da Lei Áurea, eles ainda sofriam e sofrem preconceito até mesmo nos dias de hoje, Ficam á margem da sociedade, sem oportunidades, e a maioria concertada em favelas.
(Mirela Nakazone)

Embora o racismo ainda não seja um assunto discutido abertamente entre os brasileiros, percebe-se que o preconceito sobre os negros e os seus descendentes encontra-se na história recente do Brasil, principalmente nos três séculos de escravidão, e pelas escassas políticas de inserção desses sujeitos na sociedade, especialmente após a Abolição da Escravatura em 13 de maio de 1888. Desde o século XVI, quando os negros oriundos das várias partes da África começaram a desembarcar na América portuguesa de forma forçada para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar e nas minas de ouro, começou um longo período de usurpação da sua liberdade, gerando graves consequências para o seu status social.  Vale destacar que alguns negros e mestiços trabalhavam nos centros urbanos, conhecidos como escravos de ganho, e nas ruas desempenhavam diferentes funções, tais como carregadores de água, sangradores, barbeiros e vendedores de doces, frutas e outros quitutes.
(Wesley Yan)

"Imensidade e  diversidade são dois termos que se aplicam à África"

A África é o terceiro continente mais extenso do planeta e é conhecida como o "berço da humanidade", pois historicamente, abrigou uma das civilizações mais antigas, os egípcios. A África é dividida em "África branca" e "África Negra". É conhecida mundialmente por suas belezas naturais, no entanto, apresenta uma enorme diversidade, tanto em riquezas naturais como socio-econômicas. Por exemplo, nesse continente há extensas áreas férteis e áreas desérticas, como o Saara. A diferença entre a pobreza e riqueza também é muito visível por todo o continente, sendo caracterizada principalmente pelas péssimas condições de vida em muitos países.
A "África branca" sofreu grande influência dos árabes e de outros povos do Oriente Médio e a "África negra" se refere aos povos locais. Um fato interessante é que os descendentes de árabes possuem uma cor de pele mais clara, enquanto que os africanos relacionados com as culturas locais já têm uma cor mais negra.