(Thriller do filme)
ANÁLISE CRÍTICA
O nazismo
consistia numa mistura de dogmas e preconceitos a respeito da pretensa
superioridade da raça ariana. Os alemães acreditavam ser superiores a todos,
sobretudo de judeus e o filme O menino do Pijama Listrado mostra claramente
isso.
ATENÇÃO: A ordem cronológica pode não seguir a
mesma do filme, já que analisaremos o filme por partes!
O início de tudo
No começo do filme, um soldado nazista assume um cargo
importante em um campo de concentração e é obrigado a se mudar com sua mulher,
Elsa, e seus filhos, Bruno (personagem principal) e Gretel, para uma casa
isolada, perto do campo de concentração, na Polônia. Logo que se mudam, Bruno
não mostra nenhuma felicidade ao conhecer o novo lar, já que teve de abandonar
seus amigos na sua cidade natal, Berlim.
Certo momento, Bruno avista da janela
de seu quarto o confinamento militar. Por não entender o contexto em que vivia,
ele acaba achando que se trata de uma fazenda onde somente os judeus trabalham.
A família alemã
Uma coisa importante a se destacar, são as características
da família de Bruno:
Comandante Ralf: soldado
nazista, pai de Bruno e Gretel, autoritário, e, em algumas cenas, mostra ser
muito agressivo. É um homem alto, branco, magro, têm cabelos castanhos e olhos
azuis.
Elsa: esposa de
Ralf, mãe de Bruno e Gretel. É uma pessoa compreensiva e se preocupa demais com
seus filhos. É uma mulher alta, branca, magra, têm cabelos castanhos e olhos
azuis.
Gretel: irmã de
Bruno. Ao longo do filme, mostra sua adoração pelo Nazismo e sua raiva pelos
judeus. É uma menina branca, magra, têm cabelos loiros e olhos azuis.
Bruno: possui uma
certa ingenuidade. É um menino branco, magro, têm cabelos castanhos e olhos
azuis.
Observem que todos se adequam ao padrão da “raça ariana”.
O conflito
Pavel era um senhor judeu que trabalha na casa que, em uma
cena do filme, faz curativos em Bruno após cair de seu balanço. Em um jantar em
que o avô de Bruno estava presente, o tenente Kloter fora convidado, porém,
Pavel deixa cair vinho na roupa de Kloter, e este, dá uma surra no idoso (e
posteriormente, mata o judeu). Ralf, o avô e Gretel não demonstram nenhuma
expressão de preocupação ou pena. Bem diferente de Elsa e Bruno, que expressam
sua indignação.
Em certo momento, Bruno decide sair escondido para visitar a
“fazenda”. Quando chega lá, se depara com uma grade elétrica e do outro lado da
grade, avista um menino judeu, Shmuel. Os dois conversam e logo viram amigos.
Bruno pergunta sobre a roupa que Shmuel usava, achando que se tratava de um
pijama e os números colados no “pijama” faziam parte de uma brincadeira. Shmuel
não tem muito tempo para explicar, pois soa um alarme e ele parte em direção
aos soldados. Eles têm diversos “encontros”, inclusive, Bruno leva comida para
Shmuel e alguns brinquedos. (Essas cenas mostram a ingenuidade de ambos os
lados: Bruno tenta entender o que acontecia naquele território e Shmuel não
tinha noção da crueldade que os soldados faziam com os demais judeus.)
Como não havia nenhuma escola próxima à casa de Bruno, o
comandante Ralf decidiu contratar um tutor
para ensinar seus filhos. Esse tutor mostra diversos livros que falam sobre o
Nazismo, com histórias distorcidas que colocam os judeus como culpados de tudo
de ruim que aconteceu na Alemanha. Porém, Bruno não demonstra muito interesse,
já que seus livros favoritos são sobre aventuras. Em contrapartida, Gretel
demonstra um certo fascínio pela ideologia nazista e recorta diversas fotos de
Hitler em jornais e prega no seu quarto.
Uma coisa que é de extrema importância destacar é o fato de
que, no filme, soldados nazistas mostram um vídeo sobre o campo de
concentração. Nesse vídeo, aquela área é chamada de “Campo de Trabalho” e
realiza diversas “atividades” com os judeus, como agricultura, música, futebol,
brincadeiras para as crianças, etc. Mostra todos os judeus felizes, sorrindo e
cantando. Provavelmente, esse vídeo era mostrado para a população alemã e para
os líderes contrários ao Nazismo para que não interferissem no plano de
extermínio.
Situação final
Uma fumaça se espalhava pelos céus com um certo odor. O
Tenente Kloter diz para Elsa “eles cheiram ainda pior quando queimam”, levando
a conclusão que queimavam os judeus no campo de concentração. Ela discute com
Ralf (dá para perceber que ela não era a favor do que estavam fazendo). A avó
de Bruno morre em um bombardeio em Berlim (não há muitos detalhes sobre o
incidente).
Depois de muitas discussões, Ralf decide mandar Bruno e
Gretel para casa de uns parentes. Bruno decide então se despedir de Shmuel e
vai ao seu encontro. Quando se veem, Shmuel diz que seu pai está desaparecido.
Bruno decide ajudar Shmuel e para isso, ele precisaria entrar no campo de
concentração. Como ele faria isso? Se disfarçando de judeu! Shmuel empresta
alguns “pijamas” (uniformes listrados). Bruno cava um buraco e consegue
atravessar a grade e os dois começam a vasculhar as áreas do campo. Bruno nota
que o vídeo mostrado pelos nazistas não condizia com que acontecia lá. Muitos
judeus se encontravam amontoados, com fome, muito magros, alguns muito doentes.
Para azar de Shmuel e Bruno, ao entrarem em um “galpão” cheio de judeus, os
soldados entram nesse galpão também e ordenam que todos ali presentes formem
uma fila para irem para um local.
Ao chegar no tal local, os nazistas mandam
todos tirarem as roupas e entrarem numa câmara. Todos entram. Estava muito
apertado. Consegue-se ouvir múrmuros: “É um banho coletivo?”, “Acho que vão nos
matar”.
Fecha-se a câmara e um soldado derrama um gás tóxico por um
tubo, matando todas aquelas pessoas, inclusive Shmuel e Bruno!
Elsa, Gretel e o comandante Ralf notam a ausência de Bruno e
decidem procurar por ele.
Seguindo o caminho que Bruno fazia, eles logo
percebem que ele havia entrado no campo de concentração. Ralf até tenta entrar
no campo, procura pelas diversas áreas, mas, não pôde fazer nada, já que Bruno
estava morto.
Considerações finais
Ao longo do filme é possível notar símbolos nazistas, os
uniformes dos soldados nazistas e os uniformes que os judeus usavam. É possível
afirmar que os nazistas não possuíam nenhum pingo de compaixão (várias cenas do
filme mostram isso). Eles não estavam lidando com monstros e, sim, pessoas!
Como um ser humano pode matar outro pelo só para mostrar ser “superior”?
Ninguém é melhor que ninguém! O Nazismo é a mancha da história da humanidade, é
a mais pura vergonha! É lamentável que ainda, em pleno século XXI, exista
pessoas que apoiem as ideologias nazistas e pregam o ódio na sociedade.
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