segunda-feira, 13 de março de 2017

Etnocentrismo

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    Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades. O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o centro.

    Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias infundamentadas. Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas.

    Este fenômeno universal pode atingir proporções drásticas, quando culturas tecnicamente mais frágeis entram em contato com culturas mais dominantes e avançadas. Alguns exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; outro caso é o uso do kilt (uma típica saia) pelos escoceses. São duas situações que podem ser tratadas com alguma hostilidade ou estranheza por quem não pertence àquelas culturas.


  • Alteridade

    A vida social em nosso mundo contemporâneo é bastante agitada, concorda? Em nossa convivência urbana, em que milhares de pessoas habitam um mesmo espaço, separadas, muitas vezes, apenas por finas paredes, mesmo quando não queremos, acabamos por ter que interagir com os “outros” de alguma forma. Mesmo sem percebermos ou ainda sem dizer uma única palavra, ao nos confrontarmos com o estranho, o não familiar, de alguma forma, nossas condutas, ações e pensamentos moldam-se a partir dessa interação. Essa interação entre o “eu”, interior e particular a cada um, e o “outro”, o além de mim, é o que denominamos de alteridade. Esse conceito parte do pressuposto de que todo indivíduo social é interdependente dos demais sujeitos de seu contexto social, isto é, o mundo individual só existe diante do contraste com o mundo do outro.
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  • Identidade Cultural

    O conceito de identidade cultural faz alusão à construção identitária de cada indivíduo em seu contexto cultural. Em outras palavras, a identidade cultural está relacionada com a forma como vemos o mundo exterior e como nos posicionamos em relação a ele. Esse processo é continuo e perpétuo, o que significa que a identidade de um sujeito está sempre sujeita a mudanças. Nesse sentido, a identidade cultural preenche os espaços de mediação entre o mundo “interior” e o mundo “exterior”, entre o mundo pessoal e o mundo público. Nesse processo, ao mesmo tempo que projetamos nossas particularidades sobre o mundo exterior (ações individuais de vontade ou desejo particular), também internalizamos o mundo exterior (normas, valores, língua...). É nessa relação que construímos nossas identidades.
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  • Diferença cultural

    A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.




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  • Multiculturalismo Brasileiro



    Vivemos atualmente o contexto do mundo globalizado, a era da informação. E dentro dessa realidade entendemos que o mundo é, ou deveria ser, multicultural. 
    No Brasil, o convívio multicultural não deveria representar uma dificuldade, afinal, a sociedade brasileira resulta da mistura de raças - negra, branca e índia - cada uma com seus costumes, seus valores e seu modo de vida. Dessa mistura é que nasce um individuo que não é branco nem índio, nem tampouco negro, mas que é simplesmente brasileiro. Filhos desse hibridismo e tendo como característica marcante o fato de acolher culturas, nós, brasileiros, deveríamos lidar facilmente com as diferenças. Mas não é exatamente isso que acontece. 
Sendo as culturas produto de determinados contextos sociais, se determinada cultura é posta em contato com outra, necessariamente, sob pena de ser sufocada, uma delas se adaptará à outra. Adaptar-se é, enfim, sobreviver. Assim, se determinada cultura não lhe serve, então, deverá adaptar-se ou desaparecerá.
    A escola, por ser o espaço onde se dá o processo de socialização, é o ambiente no qual mais se discute a questão da diversidade – cultural, racial, social. Então, para que este processo aconteça é necessário o convívio multicultural que implica no respeito aos valores do outro.
( Texto retirado de: 
http://uniaodeculturas.blogspot.com.br/2010/04/multiculturalidade-no-brasil.html)

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  • O Multiculturalismo sul-mato-grossense

    A população de Mato Grosso do Sul é formada por povos de vários estados e paises tornando assim um estado único e variado em sua cultura e gastronomia abundante! Aqui Árabes e Judeus vivem em paz! 

    As migrações de contingentes oriundos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e imigrações de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Portugal, Síria e Líbanoforam fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. O estado é, ainda, o segundo do Brasil em número de habitantes ameríndios, de várias etnias, entre elas Atikum, Guarany [Kaiwá e Nhandéwa], Guató, Kadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié, Terena, Xiquitano (Fundação Nacional do Índio, 2008).

O grande número de descendentes de ameríndios e de imigrantes paraguaios, que, em sua maioria, têm, como ancestrais, os índios guaranis, são dois fatores que contribuem para a alta porcentagem dos chamados "pardos" na população do estado de Mato Grosso do Sul. Já a ascendência afro-brasileira desse grupo étnico não é tão numerosa quanto a indígena. A população indígena do estado totalizava, em 2008, 53 900 pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


  • Pensadores e estudos brasileiros da cultura


    Nos últimos anos, percebemos que a notoriedade do Brasil no campo cultural tomou rumos bem diferentes das formas que nossa cultura era pensada e analisada há algumas décadas.

    Até o século passado, um grande número de pensadores entendia a nossa cultura através das ideias de atraso e desenvolvimento. Nesse sentido, acreditava-se que o Brasil seria culturalmente atrasado pelo fato de não se assemelhar com os costumes e padrões existentes em grandes nações europeias ou nos Estados Unidos.

Mas não eram todos os intelectuais brasileiros que pensavam desse modo. Um outro grupo de pensadores acreditava que os hábitos, costumes e tradições brasileiras possuíam uma enorme riqueza.
    Apesar de esse outro grupo de artistas e intelectuais valorizar a cultura brasileira, acreditavam que essa mesma cultura estava ameaçada. Isso porque, durante o século XX, a expansão de novos meios de comunicação como o rádio, as revistas, os discos e a televisão abriram portas para que a cultura de países estrangeiros tivesse cada vez mais presença em nosso meio cultural.
    Tal grupo então acreditava que a nossa cultura era um verdadeiro “campo de batalhas”. Isso porque, se não tomássemos cuidado, a cultura brasileira perderia sua força para os valores, padrões estéticos, estilos musicais e a literatura de grandes nações estrangeiras que conseguiam divulgar seus bens culturais pelos quatro cantos do mundo. Ou seja, eles temiam o desparecimento da cultura nacional e a dominação da cultura estrangeira.
    Nas últimas décadas, vemos que nenhum desses dois modos de entender a nossa cultura acabou se configurando. A cultura brasileira não virou uma imitação das culturas estrangeiras. E nem mesmo criamos uma “ditadura” da cultura nacional que se colocasse radicalmente contra as manifestações culturais estrangeiras que aparecessem por aqui. 
E dessa forma conseguimos ver que a nossa cultura acabou se organizando como uma verdadeira mistura entre as influências nacionais e estrangeiras. 

    Além disso, é importante lembrar que as nossas manifestações artísticas puramente nacionais também conseguiram ganhar espaço e admiração em diferentes países espalhados pelo mundo. Ou seja, aquela noção de que o Brasil seria uma “cultura atrasada” perdeu sentido na medida em que grandes valores da nossa cultura ganharam espaço e reconhecimento lá fora.
    Dentre os vários sociólogos brasileiros, podemos citar: Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Gilberto Freire, Sergio Buarque de Holanda e Caio Brado Junior, que, entre seus diversos estudos, abordam pesquisas relacionadas à cultura brasileira.
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Para você entender melhor o assunto, montamos abaixo um pequeno questionário com suas respectivas respostas.

1- Qual é a definição de   Etnocentrismo?
R= Definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades.
2- Quais são os principais disseminadores da cultura brasileira?
R= São os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos.
3- Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas?
R= Sim, e muitas vezes isso acarreta problemas, porque frequentemente dá origem a preconceitos, ao racismo e ideias infundamentadas.
4- O que é alteridade?
R=   Alteridade é quando um homem social interage e interdepende de outros indivíduos.
5- Qual o conceito de identidade cultural?
R= O conceito de identidade cultural faz alusão à construção identitária de cada indivíduo em seu contexto cultural.


                        

Problematização

1) Vivemos em uma cidade que faz fronteira com a Bolívia, logo, a nossa cultura tem alguns aspectos culturais desse país. Mas ainda sim, muitos corumbaenses, menosprezam a cultura boliviana. Por que isso acontece?
- São diversos os fatores que levam à tal ato. Vejamos alguns:
* Por não conhecer a cultura de fato;
* Por achar que os costumes de lá são anti-higiênicos;

* Pensamento xenofóbico.

2) Seguindo a ideia da pergunta anterior, temos um outro problema. Por que alguns habitantes de uma determinada região do Brasil acham a cultura das outras regiões inferiores às deles?
- Isso está ligado à ignorância desses indivíduos. É necessário entender que não há cultura melhor ou pior e, sim, culturas diferentes, assim como é fundamental respeitá-las.

3) Sabemos que o Brasil é dividido em regiões e cada uma delas possui uma cultura diferente das demais. Por que há a necessidade de dividir o país em regiões? A que se dá essa diferenciação de culturas?
- Dividir o Brasil em regiões facilita o ensino de geografia e a pesquisa, coleta e organização de dados sobre o país, o seu número de habitantes e a idade média da população. Os estados que formam uma grande região não são escolhidos ao acaso. Eles têm características semelhantes. A diferenciação se dá devido aos povos que se instalaram nessa região.


Conclusão


A pergunta final e mais importante e difícil de ser respondida é:
Se vimos que o povo brasileiro é formado por uma mistura de diversas etnias, por que ainda há tanta descriminação (seja ela racial, cultural, religiosa ou social)?
O Brasil é um país de cultura escravocrata e com grande miscigenação de raças, fatores que contribuíram para a existência de várias culturas. A discriminação ocorre com maior frequência contra a raça negra e mais precisamente em relação aos negros pobres, se agravando contra as mulheres, crianças e idosos negros e pobres. Embora haja na nossa legislação diversas leis de combate contra a discriminação e o racismo, ainda é necessário a existência de uma consciência. É importante que aqueles que são discriminados estejam cientes da discriminação sofrida e reajam de forma consciente contra seus discriminadores, inclusive denunciando-os à justiça.
O fato é que, as discriminações existem e são reais e precisam ser combatidas e resolvidas.



O vídeo abaixo serve para aprofundar seu conhecimento relacionado a este tema:



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