terça-feira, 30 de maio de 2017

Desigualdade Social no Brasil


    A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte dos brasileiros, embora nos últimos anos, as estatísticas apontem para sua diminuição. Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2011) na avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstram a diminuição da pobreza e consequentemente da desigualdade social no Brasil.

  • O que é Desigualdade Social?

    O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém esta ainda é gritante.
    Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular. Os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e ser bem remunerado. É verdade que as desigualdades sociais são em grande parte geradas pelo jogo do mercado e do capital, assim como é também verdade que o sistema político intervém de diversas maneiras, às vezes mais, às vezes menos, para regular, regulamentar e corrigir o funcionamento dos mercados em que se formam as remunerações materiais e simbólicas.

  • Causas e consequências

    Decorrente, essencialmente, da má distribuição de renda, as consequências da desigualdade social no Brasil são observadas na favelização, pobreza, miséria, desemprego, desnutrição, marginalização, violência. A despeito do Brasil estar entre os dez países do mundo com o PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo. Estudiosos propõem soluções para o problema, dentre eles: aliar democracia com eficiência econômica e justiça social.

    Segundo relatório de ONU (2010) as principais causas da desigualdade social são:

  • Falta de acesso à educação de qualidade
  • Política fiscal injusta
  • Baixos salários
  • Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico

  • Coeficiente de Gini

   Desenvolvido pelo demógrafo, estatístico e sociólogo italiano, Corrado Gini (1884-1965), no ano de 1912, o "Coeficiente ou Índice de Gini" mede as desigualdades de uma sociedade, por exemplo, de renda, de riqueza e de educação. No Brasil, em 2011 o índice de Gini, na área social, foi de 0,527 demonstrando o menor número desde 1960 (0,535). Na lógica do sistema de Gini, quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.

  • Cadastro único

    Também conhecido por "CadÚnico", o "Cadastro Único para Programas Sociais" foi criado durante o governo do Fernando Henrique Cardoso, em 2001. O Cadastro é um instrumento responsável pela coleta de dados e informações a fim de identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Não obstante, objetiva a inclusão por meio de programas de assistência social e redistribuição de renda.

  • Plano Brasil Sem Miséria (BSM)


    O Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, tem como principal objetivo desenhar o mapa de pobreza do Brasil. Para isso, o plano propõe o rompimento de barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam pessoas e regiões; em outras palavras, objetiva, no campo e na cidade, identificar e inscrever as pessoas de baixa renda que, por algum motivo, não recebem auxílios, como por exemplo, o Bolsa Família.
    No campo, onde está concentrada a maior parcela, ou seja, 47 % do público do plano, as estratégias para o meio rural, focadas na produção do agricultor são: Assistência Técnica, Fomento e Sementes, Programa Água para Todos, Acesso aos mercados (Programa de Aquisição de Alimentos - PAA) e Compra da Produção.
    Por outro lado, na cidade, o foco está nas oportunidades de trabalho para os mais pobres. Dentre as estratégias propostas pelo Plano estão: Mapa de Oportunidades, Qualificação de Mão de Obra, Intermediação Pública de Mão de Obra, Ampliação da Política de Microcrédito e Incentivo à Economia Popular e Solidária.
    Além disso, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é responsável por coordenar a oferta de vagas dos cursos de formação inicial e continuada com ênfase na qualificação profissional. Para tanto, a meta do Plano Brasil Sem Miséria, prevê a capacitação de um milhão de pessoas inscritas no "Cadastro Único" até 2014.

  • Curiosidades

  • Segundo o Fórum Econômico Mundial (2013), a principal causa das manifestações ocorridas no Brasil em 2013 foi a desigualdade social.
  • No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza extrema.
  • Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.
  • Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da redução da desigualdade.
  • Dentre os Programas Públicos Sociais do Brasil: Bolsa Família, Previdência Rural, Brasil Alfabetizado, Saúde da Família, Brasil Sorridente, Mais Educação, Rede Cegonha.
  • O Data Social é banco de dados e de indicadores que permite visualizar o panorama social, perfil econômico e estrutura demográfica de municípios e estados brasileiros.
  • A Identificação de Localidades e Famílias em Situação de Vulnerabilidade (IDV) é uma ferramenta de construção de mapas que apresenta dados, indicadores de pobreza, situações de vulnerabilidade, bem como grupos populacionais específicos ao nível de estados, municípios e setores censitários do Brasil.


    GRÁFICOS GERAIS
Se for preciso, clique na imagem para ampliar.
(1 = classe A1, 2 = classe A2, 3 = classe B1, 4 = classe B2, 5 = classe C1, 6 = classe C2, 7 = classe D e 8 = classe E).

Pirâmide de Renda no Brasil     Reprodução

(A maior parte dos brasileiros se identifica como classe baixa (32,6%), seguidos por aqueles que se reconhecem como classe média (24,5%), classe trabalhadora (19,1%), classe média baixa (16,2%), nenhuma classe (6%), classe média alta (1,5%) e, finalmente, classe alta (menos de 1%))

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IMAGENS DE CORUMBÁ-MS RETRATANDO AS DIFERENÇAS SOCIAIS

Casas

 

Automóveis

 

Lojas



Ambientes de alimentação



Lazer


VÍDEO



  • Considerações Finais

    Desigualdade social, nada mais é que diferença de poderes entre as classes sociais. Hoje em dia, em nosso país existe muito isso, pois antigamente ou podemos dizer  (em outros governos) havia mais oportunidades a todas as classes sociais deis da classe A até a classe C não havia tanta “diferença”. Atualmente o nosso país está sofrendo muitas mudanças, na saúde, na educação e no próprio mercado de trabalho. A desigualdade social no todo acaba se transformando desigualdade econômica   deixando a renda mensal do trabalhador classe C mais baixa que o normal, já a do trabalhador classe A quase não enxergamos mudanças, a desigualdade em nosso país está tão grande que o medo da população é deixar isso aumentar.
(Larissa Moraes)

    Há duas maneiras de explicar como surgiu a desigualdade social no Brasil: a primeira, se refere à vinda dos portugueses para o território, em que houve o “choque” de culturas entre a cultura portuguesa e a cultura indígena, onde os portugueses se acharam superiores e mais fortes que os índios e tentaram escravizá-los; e a segunda, se refere ao surgimento do capitalismo, onde o acúmulo do capital favoreceu classes diferentes, consequentemente, essas classes privilegiadas, adquiriram inúmeras propriedades privadas. Logo, o poder econômico ficou nas mãos dos mais ricos, enquanto que as famílias mais pobres ficaram dependentes dos empregos disponibilizados por eles.
    A desigualdade social se dá, segundo estudos, pela falta de educação básica de qualidade, ausência de verba destinada à cultura e, principalmente, poucas oportunidades de emprego. Entre os diversos fatores que contribuem para este problema, pode-se citar: má distribuição de renda e falta de investimento em políticas sociais.
    O fato é que, a desigualdade social, mais conhecida como desigualdade econômica, desencadeia outros tipos de desigualdades, como a desigualdade racial, desigualdade regional, desigualdade de gênero, etc., e, dá origem a diversas classes sociais, como: classe alta, classe média  e classe baixa, ou simplesmente, classes A, B, C, D e E.
    O Governo do Brasil, vem, ao longo dos anos, criando projetos com a finalidade de diminuir essa desigualdade. Entre os projetos, destacam-se: Bolsa Família, Previdência Rural, Brasil Alfabetizado, Saúde da Família, Brasil Sorridente e Mais Educação. Esses projetos conseguiram diminuir o problema, entretanto, é preciso aperfeiçoa-los, pois, cerca de 16 milhões de pessoas ainda permanecem na extrema pobreza.
(João Marcos)

    O Brasil, apesar de ser, um país rico em recursos naturais, ele é um país de muita pobreza e miséria por causa da desigualdade social, da injusta distribuição de renda , talvez se a sua política fosse mais justa ou se os brasileiros pensassem mais no seu país e lutassem mais pela igualdade social, essa realidade mudaria.
(Sabrina Santos)

    Desigualdade social ocorre em diversos países e no Brasil não é diferente. Essa desigualdade pode ser observada de longe como em favelas, na miséria, no desemprego, na pobreza, na questão salarial, ou seja, a desigualdade de renda. Isso é uma característica bem importante já que somos um dos piores países nesta diferença. No brasil, a diferença de salário é absurda, pois, milionários e bilionários ganham milhões em apenas um mês e um trabalhador que acorda cedo todos os dias para não faltar comida na mesa, recebe renda de até R$937,00, e ainda por cima, pagam tantos impostos que acaba não sobrando quase nada para seu consumo. Essa desigualdade social não é um problema atual e, segundo pesquisas, ela tende a aumentar conforme a má distribuição de renda.
(Wesley Klysman)


  • Referências


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