Indústria cultural é um termo desenvolvido para denominar o modo de produzir cultura no período industrial capitalista. Ele designa principalmente a situação da arte na sociedade capitalista industrial, marcado por modos de produção que visavam sobretudo o lucro.
Este termo foi criado por Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969), ambos intelectuais da Escola de Frankfurt na Alemanha. Ele surgiu na década de 40, no livro “Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos”, publicado posteriormente em 1947.
O objetivo principal da indústria cultural é o lucro, além da idealização de produtos voltados para o consumo excessivo das massas. Este objetivo também reproduz o real interesse das classes dominantes, tornando-as legítimas e com elevado status social.
Indústria cultural no Brasil
Sempre que ligamos a TV, ou acessamos a internet, notamos, em média, cerca de 300 propagandas de boa e má qualidade, ofertando produtos dos mais diversificados, desde roupa de cama, eletrodomésticos, automóveis, alimentos, bebidas, cigarros, apetrechos de pesca, etc.
Falar em indústria cultural é ligar uma característica específica proveniente do mundo capitalista, criado por Theodor W. Adorno em meados do século XX. O presidente Lula, em 2014, relatou de forma crítica, que há “ausência de conteúdos educativos nos meios de comunicação. "Qual é a quantidade de minutos educativos nos meios de comunicação? “É muito pouco porque o interesse é evidentemente comercial”, relatou o presidente.
Ele tem toda razão. Com exceção da TV Cultura e alguns poucos programas vinculados por alguns órgãos de comunicação, não há, por parte desses, um compromisso sério em relação ao programa educacional no Brasil. Alguns até desconhecem que existam tais programas.
Então qual seria a explicação, sendo que os órgãos de comunicação funcionam mediante concessão do governo federal? Consequentemente precisam atender algumas exigências para que continuem ativos e possam renovar sua concessão? Podemos conceituar a Indústria Cultural em empresas que têm por objetivo oferecer, propagar, divulgar produtos nos canais competentes como TV, jornais, rádios, revistas e internet atendendo os ditames do capitalismo que é o lucro.
Esse conceito - Indústria Cultural – serviria para definir a inversão da cultura em mercadoria. O conceito nada tem a ver com os veículos ou meios de comunicação que citamos, mas ao uso dessas tecnologias pelo capital.
A ideologia cultural passa a ser guiada pela necessidade de consumo e de lucro capitalista guiados pelo mercado. Segundo informações dos sites oficiais do governo federal (Ministérios das Comunicações) existem atualmente no Brasil, em torno de mil estações de rádio e mais de 75 de televisão, representando 37 milhões de aparelhos receptores de rádio o que nos leva a refletir em torno de uma audiência de 60 a 90 milhões de brasileiros.
Na imprensa escrita são aproximadamente 290 jornais diários, e outros que estão sendo liberados essa semana pelo governo podendo alcançar cerca de 5 milhões de leitores. Portanto, a Indústria Cultural no Brasil escamoteou os interesses e/ou as expectativas de um projeto hegemônico para a educação do país em nome dos interesses do capital, inclusive com a participação de alguns setores ligados à própria educação, seja privada ou até mesmo pública.
Nas escolas, as propagandas tomaram conta dos corredores com a conivência daqueles que deveriam preservar pelo processo estão – de maneira consciente ou inconsciente – contribuindo cada vez mais pela banalização de tal sistema.
Os muros das escolas estão sendo loteados, alugados em nome de melhorias estruturais que deveriam ser de responsabilidade dos governos estaduais, federal e municipal, com as mais diversificadas propagandas comerciais. Podemos refletir que no Brasil a Indústria Cultural implementa um projeto de divulgação dos interesses capitalistas banalizando os valores sociais e culturais que deveriam ser preservados, não se importando com os resultados que possam surgir desse modelo. Não há regras claras que definem tais liberdades, e quando são propostas pelo governo federal são barradas pelo bloco de defesa no Congresso Nacional.
Os programas denominados de Reality Show é um dos exemplos desse processo, fazendo a população crê que participa quando o que está por traz de todo aquele teatro é a venda dos produtos e marcas patrocinadoras. Para Adorno, “o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho”.
Propagandas
Análise da música "Televisão" - Titãs
A televisão me deixou burro, muito burro demais
Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais
O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida
E agora toda noite quando deito é boa noite, querida
Oh Cride, fala pra mãe
Que eu nunca li num livro que o espirro fosse um vírus sem cura
Vê se me entende pelo menos uma vez criatura
Oh Cride, fala pra mãe
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa, mas eu não faço nada
A luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
Oh Cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez criatura
Oh Cride, fala pra mãe
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa, mas eu não faço nada
A luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
E eu digo: Oh Cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez criatura
Oh Cride, fala pra mãe
A televisão me deixou burro, muito burro demais
Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais
*Mediante a estes dois versos é possível perceber, o modo em que o autor se expressa. Aqueles que acreditam na TV e em tudo que ela diz, o que diz respeito ao pensamento que transmite a população, que de certa forma passará para outras pessoas as mesmas ideias.
O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida
E agora toda noite quando deito é boa noite, querida.
Que eu nunca li num livro que um espirro fosse um vírus sem cura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
*Foi difícil interpretar esse primeiro verso, tive que aprofundar a pesquisa. ‘’Oh cride, fala para mãe”, é um trocadilho de um humorista chamado Ronaldo Golias (faleceu em 2015), a qual tomou as ruas e as pessoas diziam em todos os lugares. “As pessoas” são como papagaios, gravadores, que tudo que ouve e veem repetem. O Segundo verso é contraditório, vejamos: Se sorvete te deixa “gripado pelo resto da vida” como ele nunca leu "num livro que o espirro fosse um vírus sem cura"? Sem nexo nenhum, a gripe é um vírus e na estrofe anterior ele diz que está “gripado pelo resto da vida” ... A mesma TV que vende produtos que nos deixa gripados (sorvetes, bebidas em geral), é aquela que também vende remédios aliviando os sintomas.
A luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
*Essa estrofe é bem preocupante, percebemos perfeitamente a abstinência de não perder nada que se passa na TV, e que deixamos de fazer muitas coisas por ficar assistindo. No segundo verso que diz “a luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada” não é por que ele está sensível a luz, e sim porque de cortina fechada fica melhor para assistir e não reflete na TV. Nos dois últimos versos denota-se que ele mesmo está vendo o que ele está se tornando, estando preso entre quatro paredes como animais juntamente com pessoas iguais a ele, na mesma situação.
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
*Esta parte está evidente a manipulação da televisão, onde passou uma propaganda sobre o tal produto e então ele comprou e ingeriu. Acabou ficando gripado e parecia que a gripe não ia passar, pois a TV passava sensações prazerosas. No verso seguinte retrata a falta de diálogo, ou seja, ao se deitar não é como antes, “acabou o romance”, ele deita e dorme, ao pé da letra...
Ô cride, fala pra mãe
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu não faço nada
*Nesta última estrofe está totalmente claro o quanto as pessoas se tornam alienada, repetindo tudo que se passa na TV, perdendo totalmente o senso crítico das coisas. As pessoas que possui opiniões formadas, não deixam levar por tudo que se passa na TV, pois carrega sua ideologia consigo mesmo, e sabe que deve ser analisado tudo que se passa porque geralmente ou a informação é distorcida ou a maior parte dela é omitida.
Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais
*Mediante a estes dois versos é possível perceber, o modo em que o autor se expressa. Aqueles que acreditam na TV e em tudo que ela diz, o que diz respeito ao pensamento que transmite a população, que de certa forma passará para outras pessoas as mesmas ideias.
O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida
E agora toda noite quando deito é boa noite, querida.
Que eu nunca li num livro que um espirro fosse um vírus sem cura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
*Foi difícil interpretar esse primeiro verso, tive que aprofundar a pesquisa. ‘’Oh cride, fala para mãe”, é um trocadilho de um humorista chamado Ronaldo Golias (faleceu em 2015), a qual tomou as ruas e as pessoas diziam em todos os lugares. “As pessoas” são como papagaios, gravadores, que tudo que ouve e veem repetem. O Segundo verso é contraditório, vejamos: Se sorvete te deixa “gripado pelo resto da vida” como ele nunca leu "num livro que o espirro fosse um vírus sem cura"? Sem nexo nenhum, a gripe é um vírus e na estrofe anterior ele diz que está “gripado pelo resto da vida” ... A mesma TV que vende produtos que nos deixa gripados (sorvetes, bebidas em geral), é aquela que também vende remédios aliviando os sintomas.
A luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
*Essa estrofe é bem preocupante, percebemos perfeitamente a abstinência de não perder nada que se passa na TV, e que deixamos de fazer muitas coisas por ficar assistindo. No segundo verso que diz “a luz do sol me incomoda, então deixa a cortina fechada” não é por que ele está sensível a luz, e sim porque de cortina fechada fica melhor para assistir e não reflete na TV. Nos dois últimos versos denota-se que ele mesmo está vendo o que ele está se tornando, estando preso entre quatro paredes como animais juntamente com pessoas iguais a ele, na mesma situação.
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
*Esta parte está evidente a manipulação da televisão, onde passou uma propaganda sobre o tal produto e então ele comprou e ingeriu. Acabou ficando gripado e parecia que a gripe não ia passar, pois a TV passava sensações prazerosas. No verso seguinte retrata a falta de diálogo, ou seja, ao se deitar não é como antes, “acabou o romance”, ele deita e dorme, ao pé da letra...
Ô cride, fala pra mãe
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu não faço nada
*Nesta última estrofe está totalmente claro o quanto as pessoas se tornam alienada, repetindo tudo que se passa na TV, perdendo totalmente o senso crítico das coisas. As pessoas que possui opiniões formadas, não deixam levar por tudo que se passa na TV, pois carrega sua ideologia consigo mesmo, e sabe que deve ser analisado tudo que se passa porque geralmente ou a informação é distorcida ou a maior parte dela é omitida.
(Paula Helena)
Na música podemos observar claramente a crítica sobre a alienação causada por conta da televisão, Fazendo com que as pessoas passem a perder o senso crítico, a capacidade de contestar as informações passadas, e de formular suas próprias ideias, consequentemente criando assim pessoas alienadas que possuem preguiça de buscar informações, apenas absorvendo tudo que lhes são imposto.
(Mirella Nakazone)
A música faz uma excelente crítica à alienação que é feita pelos meios de comunicação, em especial, à TV. Milhares de propagandas aparecem no nosso cotidiano. Propagandas que despertam nas pessoas a necessidade de ter determinado produto, mesmo que não tenham condições de comprar ou não precisem. Geralmente, as pessoas adquirem esses produtos para se socializar com outros indivíduos. Isso é criticado na letra da música.
Por trás da rede de telecomunicação há um grupo que comanda o que deve ser mostrado, em que situação e como deve ser exposto. Tudo isso para que seja atingido o público-alvo correto. É dessa forma que ocorrem as manipulações. Pessoas ignorantes acabam acreditando em tudo que a TV mostra, tornando-as seguidoras fiéis da alienação (como a própria letra da música diz: "a TV me deixou burro, muito burro demais").
Portanto, é de suma importância ficar atento acerca do que é mostrado na televisão (e outros meios de comunicação) e procurar saber se o que está sendo exposto é realmente verdadeiro!
(João Marcos Capistrano)
(Luiz Fernando)
(Izabelly)
Referências
https://www.significados.com.br/industria-cultural/
http://complementosociologico.blogspot.com/2012/11/industria-cultural-no-brasil.html
http://www.gostodeler.com.br/materia/11105/a_industria_cultural_no_brasil.html
https://www.letras.mus.br/titas/49002/
http://complementosociologico.blogspot.com/2012/11/industria-cultural-no-brasil.html
http://www.gostodeler.com.br/materia/11105/a_industria_cultural_no_brasil.html
https://www.letras.mus.br/titas/49002/
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